A cultura infantil clama por empatia
Bullying online e offline
Bullying nada mais é do que gestos recorrentes que intimidam ou agridem outra pessoa de forma verbal ou física. Esse importunar repetido pode ser físico, verbal, psicológico e/ou sexual. A prática de bullying ocorre muitas vezes sem um motivo aparente para o restante dos indivíduos do círculo social.
O bullying pode acontecer no ambiente familiar, social e escolar – sendo este último o mais comumente percebido. Existe o formato tradicional e totalmente direto. Existe o indireto, que normalmente utiliza de boatos ou isolamento para atingir a vítima, e até o cyberbullying.
O cyberbullying começou a ganhar força com a consolidação da internet no território brasileiro, crescente desde a década de 1990. A rede de computadores criou o ciberespaço que hoje é um dos principais meios de comunicação mundial.
Esse avanço tecnológico trouxe diversos atos ilícitos que causam insegurança aos usuários da internet. O cyberbullying ocorre de forma rápida e eficaz, já que hoje qualquer um consegue atingir e ofender o próximo, basta estar presente na mesma plataforma digital. O anonimato é outra característica desse tipo de agressão.
O bullying, por outro lado, surgiu na Noruega, durante a década de 1980. A sua origem veio da palavra inglesa “bully” que significa ‘valentão’. A relação entre prática e teoria foi criada pelo professor da Universidade da Noruega Dan Olweus. Ele desenvolveu os primeiros critérios para identificar tal atividade.
Suas pesquisas permitiam diferenciar o bullying em si de outros métodos semelhantes. O objetivo final era avaliar o porquê dessa prática existir nos ambiente escolares do país. O maior problema foi que, até a década de 1970, o bullying não era visto como um problema, mas sim como uma parte do desenvolvimento das crianças.
Infelizmente, o número de vítimas prejudicadas tanto pelo bullying da vida real quanto pelo cyberbullying tem crescido a olhos vistos.
As consequências são diversas: medo de ir para a escola, receio de criar novas amizades, desinteresse pelos estudos, falta de empatia pelo próximo, agressividade na comunicação, entre outros problemas que podem marcar não só a infância, mas toda uma vida, já que o período escolar serve de formação para a personalidade e para os principais traços de cada pessoa.
Para evitar isso, as famílias devem estar em constante contato com a escola. A informação e a parceria são fundamentais no esclarecimento de qualquer ocorrência no cotidiano do jovem.
Lembre-se de que bullying não é brincadeira, muito menos algo inofensivo. Cuidado e cautela são essenciais para tratar qualquer relação entre alunos. Além disso, cabe à escola tornar essa conversa transparente para que os estudantes possam ser orientados a falar sobre o assunto.
A orientação serve para trazer relatos de situações reais para dentro da sala de aula e dessa forma esclarecer qualquer dúvida e anseio sobre os casos. Juntos, a mudança se torna fácil e eficaz.
Colégio Leonardo da Vinci
O Colégio Leonardo da Vinci incentiva e estimula as relações saudáveis entre os alunos. Com o fim da pandemia e o retorno dos alunos ao ambiente escolar, ficamos atentos para um possível crescimento nos casos de bullying tradicional e no ambiente cibernético.
Foi percebido que a principal preocupação dos alunos era com a socialização e não com o conteúdo material apresentado nas aulas. As relações acabaram perdendo os limites de contato, o que balanceava a margem para brincadeiras saudáveis.
Por esse motivo, procuramos sempre debater esse tema nas salas trazendo situações reais como exemplo. As rodas de conversa transformam um tabu em um momento de escuta e aproximação.
Outra iniciativa que muito tem nos auxiliado nessa empreitada junto a nossos alunos e seus familiares é a execução de palestras e encontros com a Doutora Ivanice Cardoso, especialista na Privacidade e Proteção de Dados do Usuário.
A atividade ocorre em junção com os orientadores e coordenadores da escola, tendo o objetivo de identificar quais pontos abordar sobre o cyberbullying e o bullying, além de prevenir e combater as práticas por meio de um planejamento estratégico e pedagógico.
O trabalho de conhecer, prevenir e comunicar sobre o bullying e suas diversas modalidades é a forma mais consciente de combate. A mudança de comportamento passa a ser uma questão de tempo.
Venha ser feliz no Leonardo!
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