Entendendo a raiz do bullying: o primeiro passo para superá-lo

Os desafios da primeira idade

A infância e a adolescência são fases de intensas descobertas e transformações. Entre elas, as mudanças que nos diferem uns dos outros e a formação dos ideais de certo e errado. Enquanto tais limites ainda são difusos, muitos julgamentos se confundem com “brincadeiras”, apelidos mascaram preconceitos e colegas são feridos – mesmo que sem intenção.

A educação, principal mecanismo de formação do caráter de um jovem, tem o papel de ensinar que devemos respeitar as diferenças e conviver de forma saudável com opiniões que diferem das nossas. É por meio dela, da educação, que seremos capazes de combater este mal que deixa marcas profundas em suas vítimas, acompanhando-as até a vida adulta: o bullying.

Como o bullying pode se manifestar

O bullying consiste em ameaçar ou intimidar alguém por qualquer motivo. Seja ele cor, raça, gênero ou outras motivações. Ele pode acontecer de diferentes formas, dentre elas:

  • Agressões verbais 
  • Agressões físicas
  • Cyberbullying
  • Exclusão
  • Apelidos
  • Perseguição
  • Ameaças
  • Humilhações

Carolina Gargiulo, Psicóloga, Pedagoga e Orientadora Educacional no Colégio Leonardo da Vinci, explica que, no ambiente escolar, muitas crianças recebem rótulos dos colegas. “Eles fazem quase como uma classificação. O que acontece é que alguns rótulos seguem e outros não. Na maioria dos casos, quando o aluno demonstra que não gosta, ele fica por mais tempo. Mas quando percebemos que o aluno não gosta ou se sente incomodado, costumamos trazer o tema em alguma discussão com a turma, para não expor diretamente essa criança, fazendo com que todos digam se gostam ou não de serem rotulados, se isso mexe com eles de algum jeito. Normalmente essa conversa aberta com a turma ajuda os alunos que estão incomodados a não passarem mais por isso”, comenta ela.

O combate ao bullying no Leonardo da Vinci

No Colégio Leonardo da Vinci, mantemos sempre um canal aberto e de fácil comunicação com nossos alunos. Tratamos de diversos assuntos e o bullying é um tema recorrente em nossos debates. Mostrar respeito ao próximo e oferecer o tratamento correto com cada colega são pautas conscientizadoras, que ajudam a desenvolver a empatia. 

A escola tem uma política de não ter tolerância quando acontecem situações ligadas ao bullying, conversando tanto com o aluno que comete o ato como com aquele que sofre, para que possa se fortalecer diante dessa situação. As famílias são envolvidas e ajudam  de maneira efetiva a corrigir tais atitudes.

“Tratar do assunto com diferentes idades requer fala específica para cada ciclo. Para os menores, conversar usando o lúdico, como histórias, auxilia a mostrar quais comportamentos são esperados ou não deles. Com os maiores, adolescentes, cabem discussões abertas sobre o assunto”, afirma Carolina Gargiulo.

O trabalho de prevenção e combate ao bullying é diário, persistente e deve ser incansável. É importante mostrar e ensinar o que é empatia, colocar-se verdadeiramente no lugar da outra pessoa e se perguntar: “Se fosse comigo, eu gostaria? Como eu me sentiria?”.

O combate ao bullying é mais eficaz quando pais e escola andam de mãos dadas em prol do bem-estar e de um convívio saudável de crianças e jovens.